O Forte de São Lourenço do Bugio, também conhecido como Forte de São Lourenço da Cabeça Seca ou simplesmente Torre do Bugio, localiza-se a meio das águas da foz do rio Tejo.
O local onde se ergue é um banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da confluência das águas do Tejo com as do oceano Atlântico.
É o único da região com a superfície acima da linha de marés durante todo o ano, ficou-lhe a toponímia de cabeço ou cabeça seca. A toponímia bugio pode ser atribuída, entre outras versões, ao francês bougie (vela), devido à semelhança da sua estrutura circular e da primitiva torre encimada por farol, com uma vela acesa sobre o seu castiçal.
A estrutura, considerada modelo de fortificação renascentista, apresenta planta no formato circular, em alvenaria de pedra, formato escolhido por Casale que considerou que este permitia uma melhor direção do fogo da artilharia, ao mesmo tempo em que lhe conferia uma maior solidez para resistir à erosão provocada pelas correntes do rio e força das marés.
É composta por muralha externa com alambor, rasgada por porta em arco de asa de cesto;
muralha interna, formato circular, na qual se inscrevem internamente as dependências de serviço (21 compartimentos). O seu terrapleno é lajeado, com baterias; torre central, formato circular, com porta em arco de asa de cesto. No topo da torre encontra-se instalado um farol moderno.
As dependências de serviço são constituídas pela Casa de Comando, quartéis, paiol, depósitos, cisterna e Capela.